Conceitual Coletivo - Filé de Peixe


A exposição "Conceitual Coletivo" é feita pelo coletivo Filé de Peixe. Criado em 2006, o coletivo tem como ideal associar a arte à política, para isso, se utilizam de espaços públicos e relações historico-sociais em suas intervenções artísticas, sendo o Conceitual Coletivo sua quinta. Dentre as outras quatro, a mais conhecida foi o "Piratão" que copiava vídeos de arte caros e vendia a preço popular, gerando um debate acerca do capitalismo inserido nas artes e seu preço. 

 Nesta quinta intervenção, o coletivo monta uma exposição no Paço Imperial que discute a ideia do coletivo. Para eles, o coletivo é uma relação de afeto, suscetível às mudanças pessoais de cada um, onde a arte é múltipla e não única ou uma união de unicidades. Colocam em cheque, também, a sua função social. Ao mesmo tempo que estes criticam a institucionalização da arte, principalmente no projeto do Piratão, seus objetos são expostos em um museu, portanto, são responsáveis, portanto, por uma auto-crítica. 


De volta ao nome, a exposição busca avaliar a ideia de "conceitual". Embora atualmente seja um termo banalizado, utilizado para qualquer coisa reflexiva, a arte conceitual surge, nos anos 70, como reação ao formalismo da arte, voltando às discussões do papel social e político desta, ideal primeiro do Filé de Peixe. Ligados a arte conceitual, também, retomam a ideia de Kosuth em "uma e três cadeiras", ressignificado algo do dia-a-dia e afirmando que a arte deve ter caráter informacional e cotidiano. Mais uma vez, voltam a multiplicidade contemporânea, afirmando que um pode ser três enquanto três também é um.


Grupo:
Bárbara Mendonça
Joana Dupre
Luana Carmelina
Nina Mouta

Comentários

Postagens mais visitadas