Letícia Parente

¨A característica principal do meu trabalho é não ter se fixado em nenhuma característica preferencialmente. A sua dinâmica é mais ramificada do que linear. Deixo que ele persiga um processo, o meu processo de descoberta e visão.¨
Letícia Parente

Letícia Parente nasceu em 17 de julho de 1930, em Salvador na Bahia. Começou a vida no magistério e tinha doutorado em química - essa relação entre Ciência e Arte a possibilitou desenvolver conhecimentos para experimentar processos criativos únicos. Foi professora na Universidade Federal do Ceará e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Foi uma importante artista, pesquisadora e pioneira da videoarte no Brasil sendo um dos nomes centrais dessa arte no Brasil com exposições nacionais e internacionais. Publicou diversos livros, como: um livro de filosofia da ciência, Bachelard e a Química (1990). Como artista, Letícia participou de muitas premiações e deixou muitos trabalhos, alguns que até se perderam. Morreu em 6 de setembro de 1991.



Em sua vida artística, Letícia Parente viu no mundo audiovisual uma forma de inovar e experimentar uma nova arte, mas além disso usava fotografias, arte postal, pinturas, objetos, xerox, instalação e desenhos para compor sua arte. Os seus temas eram relacionados ao cotidiano, ao corpo, gestos e, em suas obras Letícia transparece a sutileza e particularidade interior perante o mundo que vive.

Em vídeos sem muita fala, ela protesta delicadamente expondo suas críticas em ações corriqueiras, porém cheias de significado, principalmente de uma mulher - como se maquiar, passar roupas, costurar, acompanhar os filhos.

Suas principais obras em vídeo passaram por um processo de recuperação por André Parente a partir dos trabalhos originais e hoje podem ser encontradas nos links abaixo:


A primeira instalação de arte e ciência de que se tem notícia no Brasil é a de Letícia Parente, onde ela convida o público a interagir com o processo criativo. Na instalação “Medidas” o corpo atua como protagonista do projeto, mas não de forma comum, a obra ressalta a relação interpessoal, a experiência, ressalta um corpo produzido com as marcas sociais impressas, observado e testado como uma máquina. Na arte interativa “Rá Brasil” Letícia mistura uma experiência química com o processo artístico e cria uma forma de interação com o público através do gesto como necessário para o acontecimento da obra. Com essas interações ela faz do espectador integrante da obra, promovendo reflexão e descontração sem deixar e lado o pensamento crítico.

"O público me parece muito mais importante porque nele também está incluída a categoria dos artistas. Não faço restrições ao público. Acho importante qualquer público. Creio que cada um frui a seu modo. O grau de fruição é aberto. Se o nível da obra é esgotado no gole de uma pessoa, azar da obra. Foi pouca para a sede e para o espaço."
Letícia Parente



Luana Calasara,
Juliana Freitas,
Maria Gabriela, 
Mariana Paz,
Mylena Moura.




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