Lenora de Barros


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 Lenora de Barros Artista plástica e poeta brasileira. Design, humor “fino” e poesia concreta são marcas de seu trabalho.


      No fim da década de 1970, formou-se em linguística pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Na 17ª Bienal internacional de São Paulo, expôs poemas visuais realizados pela primeira vez em video-texto. Neste mesmo ano, Lenora publicou o livro “Onde Se Vê”, pela editora Klaxon.
     A artista mudou-se para Milão em 1990, e permaneceu até 1991, onde realizou a mostra individual “Poesia É Coisa de Nada”, na Galeria Mercato del Sale, e fez a tutoria da exposição “Poesia Concreta in Brasile”, no Archivo della Grazia di Nuova Scrittura.
      Quando retornou ao Brasil, trabalhou como colaboradora do Jornal da Tarde e assinou a coluna Umas, sobre experiências poéticas e fotoperformáticas, de 1993 a 1995. Nesse período, passou a ser editora de fotografia no jornal Folha de S.Paulo e diretora de arte da revista Placar. Em 1998, participou da 24ª Bienal Internacional de São Paulo ao lado de Arnaldo Antunes (1960) e Walter Silveira (1955), com a instalação A Contribuição Multimilionária de Todos os Erros.

(Língua Vertebral, 1998, exibido na 24ª Bienal Internacional de São Paulo)

     Em 2000, ela recebeu o Prêmio Multicultural do jornal “O Estado de S. Paulo e criou com o músico Cid Campos em 2001, a instalação sonora “(Des)Encorpa”, para a mostra “The Overexcited Body”, no Palazzo Arengario, em Milão. Nesse mesmo período, Lenora realizou sua primeira mostra individual no Brasil, “O que que Há de Novo, de Novo, Pussyquete?”, na Galeria Millan, em São Paulo e , em 2002, foi gratificada com uma bolsa da Fundação Vitae para desenvolver o projeto do livro-objeto “Para Ver em Voz Alta”, e teve sua instalação sonora “Deve Haver Nada a Ver” premiada na 1ª Mostra RioArte, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).

O que há de novo, de novo pussyquete?, 2001

     A carreira artística de Lenora de Barros é definida pela influência do concretismo, seja pela via familiar, através do pai, o artista Geraldo de Barros, seja pelo interesse demonstrado pela poesia concreta, sobretudo do grupo Noigandres, formado por Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Os primeiros trabalhos de Lenora se dão no âmbito da poesia.
     Interessada na qualidade "verbivocovisual" da palavra, conforme a expressão dos concretistas, explora a simultaneidade da comunicação verbal e visual, passando a desenvolver um trabalho dentro das artes plásticas com influência da arte conceitual e da arte pop. Exemplo de investigação dessas relações pode ser encontrado na instalação apresentada no evento Arte-Cidade 2 - A Cidade e Seus Fluxos, 1994, em que bolas de pingue-pongue são o suporte de um jogo visual e sonoro. Em casos como esse, soma ao aspecto visual da palavra o aspecto sonoro, mais do que o gráfico.
Ping-Poemas para Boris, 2000


     Habitualmente, a artista utiliza a fotografia como forma de documentação de performances encenadas diante da câmera. São exemplos da utilização desse recurso “Poema, 1980”, um de seus primeiros trabalhos, ou a série “Procuro-Me, 2002”. Nesta série incorpora estratégias de intervenção na imagem, com sobreposições e recortes feitos digitalmente, que remetem às técnicas utilizadas por Geraldo de Barros.Entretanto, também executa performances ao vivo, como “O Corpo Não Mente, 1994”, e “Da Origem da Poesia, 2000


Procuro-me, 2002



O uso do vídeo retorna em trabalhos mais recentes como a série de videoperformances “Não Quero Nem Ver, 2005”, “A Mulher - Há Mulheres, 2005”, vídeo da série em que um gorro de lã sobre o rosto se desmancha enquanto a artista lista frases sobre tipos femininos, é exemplo de como na sua obra é contundente o peso do universo cultural e teórico da poesia concreta, mas também de como comparecem elementos de um discurso sobre a condição feminina e a construção social de sua imagem.
Cena do videoperfomance "Não quero nem ver"
     O uso do vídeo retorna em trabalhos mais recentes como a série de video performances “Não Quero Nem Ver” (2005), “A Mulher - Há Mulheres” (2005), vídeo da série em que um gorro de lã sobre o rosto se desmancha enquanto a artista lista frases sobre tipos femininos, é exemplo de como na sua obra é contundente o peso do universo cultural e teórico da poesia concreta, mas também de como comparecem elementos de um discurso sobre a condição feminina e a construção social de sua imagem.


     Em entrevista para o Prêmio Pipa, Lenora conta acreditar que a poesia “concreta”, como ela denomina, tem uma espécie de norte, expressão do James Joyce para o aspecto verbi-voco-visual da linguagem.
    A partir daí ela decidiu passar a explorar a linguagem de todos os ângulos: do ângulo visual e do ângulo sonoro. E a partir desse ponto unir um prazer pessoal de trabalhar com a voz e explorar a sonoridade das palavras.





Exposições Individuais

2002 - Rio de Janeiro RJ - Game is Over, na Laura Marsiaj Arte Contemporânea
2002 - Rio de Janeiro RJ - Procuro-me, no Espaço Cultural Sérgio Porto
2002 - São Paulo SP - Individual, no Centro Universitário Maria Antonia
2006 - Rio de Janeiro RJ - Não Quero Nem Ver, no Paço Imperial

Exposições Coletivas

1982 - São Paulo SP - Arte pelo Telefone, no MIS/SP
1983 - São Paulo SP - Arte na Rua - organizado pelo MAC/USP e apresentado através de outdoors espalhados pela cidade. O evento contou com a participação de 75 artistas
1983 - São Paulo SP - 17ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1985 - Niterói RJ - Tendências do Livro de Artista no Brasil - Arte Brasileira Atual: 1985, na Galeria de Artes UFF
1985 - São Paulo SP - Arte e Tecnologia, no MAC/USP
1985 - São Paulo SP - Tendências do Livro de Artista no Brasil, no CCSP
1985 - São Paulo SP - Transcriar, no MAC/USP
1985 - São Paulo SP - Transcriar, CCSP. Divisão de Artes Plásticas
1988 - Campinas SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti
1994 - São Paulo SP - A Fotografia Contaminada, no CCSP
1996 - São Paulo SP - Ex Libris/Home Page, no Paço das Artes
1996 - São Paulo SP - 4º Studio Unesp Sesc Senai de Tecnologias de Imagens, no Sesc Pompéia
1996 - São Paulo SP - 2ª United Artists: utopia, na Casa das Rosas
1998 - São Paulo SP - 24ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - 2ª Território Expandido, no Sesc Pompéia
2001 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Antônio Carlos Jobim, no Paço Imperial
2002 - Austin (Estados Unidos) - Brazilian Visual Poetry, no Mexic-Arte Museum
2002 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som do Rock Pop Brasil, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Artefoto, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Mostra Rio Arte Contemporânea, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - Ópera Aberta: celebração, na Casa das Rosas
2003 - Brasília DF - Artefoto, no CCBB
2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural
2004 - Rio de Janeiro RJ  - Novas Aquisições 2003: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tudo é Brasil, no Paço Imperial
2004 - São Paulo SP - Tudo é Brasil, no Itaú Cultural
2005 - Campos dos Goytacazes RJ - Imagem Sitiada, no Sesc
2005 - Petrópolis RJ - Imagem Sitiada, na Galeria Sesc Petrópolis
2005 - Rio de Janeiro RJ - Imagem Sitiada, na Galeria Sesc Copacabana
2005 - São Paulo SP - Artistas da Galeria Millan Antonio na 5º Bienal do Mercosul, na Galeria Millan Antonio
2006 - Barcelona (Espanha) - Videometry: video as a measuring device in contemporary Brazilian art, na Galeria dels Àngels
2006 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva de Fotografia, na Laura Marsiaj Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - A Cidade para a Cidade, na Galeria Olido
2006 - São Paulo SP - Manobras Radicais, no CCBB








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